VISTA Consulting assessora TORRES Benefícios no processo de venda de participação societária para o Fundo Private Equity ACTIS

Actis investe em corretoras de seguros 

Novembro 05/2014
De olho em oportunidades de consolidação em um mercado que movimentou R$ 15 bilhões apenas no ano passado, a gestora de fundos de private equity britânica Actis fechou um investimento de US$ 100 milhões (R$ 250 milhões) na criação de uma holding de corretoras de seguros no país.
   
Batizada de It’s Seg, a companhia será comandada por Thomaz Menezes, ex-presidente da SulAmérica e da corretora americana Marsh. O executivo também é sócio da holding, formada inicialmente da associação de três corretoras: Torres Benefícios, Grupo Raduan e Barela Seguros, cujas marcas serão mantidas no mercado.
 
Com foco em planos de benefícios para clientes corporativos, incluindo seguros saúde e odontológico, as empresas possuem pelo menos duas décadas de atuação no mercado. A participação individual dos sócios não foi revelada.
 
A combinação dos negócios formou uma companhia com R$ 1 bilhão em prêmios de seguros intermediados e um total de 400 mil beneficiários. O objetivo é dobrar a receita em um período de três anos, segundo Chu Kong, sócio e responsável pelo escritório local da Actis.
 
Do investimento de US$ 100 milhões, uma parcela foi destinada à compra de parte das ações dos sócios das corretoras, que permanecem no negócio, agora com participação na holding. A maior parte dos recursos, porém, foi alocada na companhia para tocar o projeto de crescimento via aquisições, o que permitirá a expansão para outros segmentos, como apólices voltadas para pessoas físicas, entre elas de seguro de automóveis. A expectativa é que o primeiro negócio seja anunciado “no curto prazo”, diz Kong.
 
A It’s Seg, que já nasce como uma das dez maiores corretoras de seguros do mercado, foi resultado de um projeto de 18 meses, segundo o executivo. Com um universo de cerca de 70 mil empresas, trata-se de um segmento extremamente fragmentado. “Isso é música para os ouvidos de um private equity”, afirma. Segundo a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), o país tem 27 mil corretores de seguros constituídos como pessoa jurídica e outros 53 mil corretores pessoa física.
 
O processo de consolidação do setor foi liderado nos últimos anos pela Brasil Insurance, holding de corretoras de seguros criada por iniciativa da gestora Gulf, que abriu o capital em 2010. A companhia, porém, teve seu modelo de negócios questionado pelo mercado depois que apresentou grande perda do valor dos ativos e o cancelamento de contratos. Na avaliação de analistas, faltou alinhamento entre o interesse de tantos sócios. Agora, a empresa passa por um processo de reestruturação. A ação da companhia tem uma perda de quase 60% no ano.
 
Os executivos da It’s Seg fizeram questão de ressaltar que o seu projeto é bem distinto da iniciativa da Brasil Insurance, a começar pelo número bem menor de corretoras, o que ajudaria no alinhamento de interesses. Outra diferença é que cada sócio entrou com o seu ativo no negócio e já recebeu sua participação na holding, sem resultados futuros atrelados à performance da sua companhia individualmente dentro do grupo, como ocorria no modelo de aquisição da Brasil Insurance. “Todos compartilham da mesma geração de resultado”, diz Kong.
 
Sobre o cenário macroeconômico, o executivo da Actis disse que, a despeito da economia mais fraca, o potencial de crescimento do setor de seguros ainda é muito grande. Isso porque esse mercado ainda tem alcance pequeno na população do país, o que atraiu a gestora britânica, que possui um total de US$ 5 bilhões sob gestão. No país, a Actis detém participações em empresas como a rede de ensino superior Cruzeiro do Sul e a escola de idiomas CNA, além da corretora XP Investimentos.[2]
 
Os fundos de private equity investem em participações em empresas com o objetivo de vendê-las com lucro no futuro. No caso da Actis, a estratégia de saída considera duas possibilidades: a venda para uma grande corretora multinacional ou uma abertura de capital. “Já estamos entre as maiores corretoras e planejamos dobrar de tamanho em três anos. Vamos ter escala para qualificar a companhia para um IPO em até cinco anos”, diz Kong.
 
   
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